sábado, 24 de janeiro de 2015

Especialista diz que racionamento de água já devia ser adotado no Rio. Pezão, no entanto, descarta a medida.




O racionamento de água já devia ser uma prática de emergência adotada pelo Estado do Rio. Esse é o diagnóstico do engenheiro hidrólogo Marco Antônio Palermo, membro da Associação Brasileira de Recursos Hídricos, diante da crise hídrica que está instalada no estado: o principal reservatório de abastecimento, o Paraibuna, chegou ao volume morto — uma reserva que acende o sinal amarelo de que a água pode acabar.
— Se não tomarem essa medida, mesmo que o volume morto seja grande, vai chegar em uma situação que não vai ser possível fazer — alerta Palermo: — Esse tipo de medida requer uma quantidade mínima de água no sistema para fazer uma série de manobras no sistema, como interromper o abastecimento em uma parte da cidade e liberar em outra.
O Secretário estadual de Ambiente do Rio, André Corrêa, admitiu ontem, em entrevista à TV Globo, a possibilidade de fazer “manobras” no estado, restringindo o abastecimento em algumas áreas em detrimento de outras, dependendo do dia. Ele disse que já há até um plano traçado, caso seja necessário, mas garantiu que ele não será posto em prática nos próximos seis meses.
Apesar de considerar essa como a mais grave crise hídrica desde que os índices dos reservatórios que abastecem o estado começaram a ser medidos, há 84 anos, ele se diz “otimista” de que o Rio não vai precisar fazer um racionamento.


← Anterior Proxima → Página inicial

0 comentários:

Postar um comentário