quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Por causa de falta d’água, família usa piscina como reservatório em Realengo



Gabriel, de 6 anos, tem uma piscina cheia com quase mil litros de água em casa. Mas, sob o calor escaldante de Realengo, na Zona Oeste do Rio, não pode dar um mergulho sequer. Desde a última quarta-feira, moradores das ruas Uniá e Tecobé sofrem com falta d'água . A saída encontrada por Manuela Vieira, de 32 anos, mãe de Gabriel, foi usar a piscina como reserva de emergência.
— As crianças ficam chorando porque querem mergulhar, mas foi o jeito que eu encontrei. Consegui uma bomba e, de madrugada, quando pinga alguma coisa no cano, eu puxo para a piscina — conta a moradora.
As famílias também sofrem com a irregularidade no fornecimento de energia.
— Quarta à noite, ficamos sem luz e sem água ao mesmo tempo. Imagine a situação! — conta Sandra Matias de Carvalho, de 42 anos.
A assessoria da Light informou que enviará equipes às ruas. Já a Cedae afirmou que a falta de água deve ter sido ocasionada por um vazamento já corrigido no Parque Leopoldina, em Bangu, mas que a rede local será vistoriada por funcionários.
Em Anchieta, moradores da rua Orlando de Aquino também enfrentam a seca. Lá, o problema se arrasta há mais de duas semanas.
— A Cedae falou que ia mandar uma equipe em 72 horas , mas, até agora, nada — reclama Simone Matos, de 25 anos, com o protocolo da ligação feita dia 5 nas mãos.



A situação da Rua João Pereira, em Madureira, mostrada ontem pelo EXTRA, não mudou. Segundo os moradores, não cai uma gota de água desde o fim de novembro. Mas até ontem, nada aconteceu. De acordo com a Cedae, localizar onde está o vazamento que afeta o abastecimento de água na rua.
Em Campo Grande, a moradora Ana Lucia da Silva de Souza, de 52 anos, ficou indignada ao ver água limpa jorrando na calçada da Rua Campo Maior, em Santa Rita. Desde sexta-feira, ela sofre com a falta de água.
— É um absurdo. Eles não ligam para a gente e nem para a água desperdiçada — reclama a moradora.
De acordo com a Cedae, o abastecimento em Campo Grande será normalizado hoje. A empresa informa que as casas afetadas na Rua Orlando de Aquino, em Anchieta, estão na parte alta e foram prejudicadas pela redução de pressão. Até sexta, de acordo com o órgão, a rede da rua será conectada no sistema da Elevatória Silvestre Felipe.

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