RIO - Em reunião com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o secretário estadual do Ambiente, André Corrêa, pediu ao Governo Federal um investimento de R$ 360 milhões para a implantação de obras para garantir o abastecimento do Rio em tempos de crise hídrica. De acordo com Corrêa, no pacote de medidas está o desvio de rios poluídos da Baixada da captação da Cedae na Estação de Tratamento de Água do Guandu e a contrução da Barragem do Rio Guapiaçu, em Cachoeira de Macacu.
A ministra informou que a vazão do Rio Paraíba do Sul, que chega à elevatória de Santa Cecília, em Barra do Pirái, terá mesmo que ser diminuída ainda este ano para 110 metros cúbicos por segundo - atualmente o volume é de 140 metros cúbicos por segundo. O Governo do Rio vinha se posicionnado contrário a esta diminuição por conta de dificuldades de captação de água por parte das indústrias do polo de Santa Cruz, como Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) e Fábrica Carioca de Catalisadores (FCC).
Izabella Teixeira destacou que a recuperação dos reservartórios que abastecem o Estado do Rio nos últimos dias "não foi expressiva" e elogiou os esforços do Governo do Rio no que chamou de gestão preventiva da crise.
- Estamos colocando à disposição do Rio o corpo técnico da Agência Nacional de Águas (ANA) para estudar a implantação de uma espécie de dique na foz do Rio Guandu para evitar a invasão da água salgada, o maior problema enfrentando pelas indústrias do Rio. O Rio não tem a condição crítica de São Paulo e Espírito Santo, saio da reunião bastante confiante de que o estado está fazendo o que é necessário para garantir que não haja problemas em curto prazo.