domingo, 8 de fevereiro de 2015

Fluminense mira na base e projeta colheita da safra do quarteto da seleção sub-20


Os 48 quilômetros que separam Xerém das Laranjeiras sugerem uma distância que o Fluminense tenta encurtar mais a cada dia que passa. Sem o suporte financeiro da antiga patrocinadora, a safra atual de jogadores oriundos da base tricolor é vista como a melhor colheita dos últimos anos e promessa de um futuro sustentável.
O goleiro Marcos Felipe, o zagueiro Marlon, o apoiador Gerson e o atacante Kenedy fizeram do Fluminense o clube com mais jogadores na seleção brasileira sub-20. Dos quatro, apenas o goleiro não está inscrito no Carioca-2015, o que indica que a geração pede passagem e que, diante da saída de jogadores importantes este ano, a ordem é apostar nos jovens da casa.
— O clube optou por não colocar a venda de jogadores dentro da previsão orçamentária do ano. A meta é que os atletas que sejam formados aqui possam dar retorno técnico para o clube, ganhar títulos, virar ídolos. Mas nem sempre se consegue — explicou Marcelo Teixeira, gerente das categorias de base do Fluminense.
Apesar da aparente determinação em não se desfazer de jovens talentos, Gerson, a joia da coroa tricolor, já teve seu nome vinculado a gigantes como o Barcelona e a Juventus. Embora a campanha brasileira tenha sido irregular, o jogador de 17 anos — o mais jovem de toda a equipe — tem se destacado. No Tricolor, a crença é de que o clube tem um craque em mãos.
— Quando um jogador muito mais novo chega num nível como esse, todos pressupõem que ele tenha uma qualidade diferenciada — afirmou Teixeira.
Os investimentos anuais nas categorias de base tricolor são da ordem de R$ 12 milhões por ano. As instalações que contribuíram para a formação jogadores como de Marcelo, Thiago Silva e Wellington Nem já renderam U$ 70 milhões (cerca de R$193,4 milhões) aos cofres do Flu.
Em tempos de revisão de despesas e novas diretrizes, a matemática também joga a favor de Xerém.


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