quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Polícia Federal encontra cultivo nobre de maconha em casa de luxo de Petrópolis.




Policiais do Departamento de Repressão de Entorpecente da Policia Federal apreenderam 39 pés de maconha em um imóvel de classe média alta, no bairro Retiro, em Petrópolis, na manhã desta quinta-feira. Um jovem de 30 anos, apontado como responsável pelo cultivo da droga, foi preso em flagrante. Ele alegou que cultivava a maconha com fins medicinais, pois sofre de epilepsia.
- A investigação começou há 5 meses. Esse grupo de jovens (com idades entre 26 a 38 anos) se associou com fim de tráfico de entorpecentes. Eles se aventuraram nesse mercado em razão da alta lucratividade que ele tem a oferecer, principalmente na Zona Sul. Eles tinham uma carteira de clientes e começaram a fazer uma produção razoável - explicou o delegado Fábio Taveira, responsável pelas investigações.
A operação denominada “Do Leme ao Pontal” foi deflagrada às 6h. O trabalho dos agente na cidade serrana foi simultâneo ao realizado por equipes da PF em bairros da Zona Sul do Rio, onde outras quatro pessoas foram presas acusadas de tráfico de drogas. De acordo com a Polícia Federal, os presos fazem parte de uma quadrilha de venda de entorpecentes “delivery” que atuava principalmente nos bairros da Zona Sul do Rio e também na Região Serrana.
Acompanhados por um cão farejador, seis agentes da PF entraram no imóvel no bairro Retiro - na área nobre de Petrópolis - nas primeiras horas da manhã. Os 39 pés de maconha estavam em dois cômodos da casa. O cultivo era feito em uma estrutura sofisticada, com controle de temperatura e iluminação especial. Policiais apreenderam também parte da droga, que estava sendo desidratada e foi encontrada em uma caixa.
A estrutura montada para o cultivo era composta por tubos de ar e luzes, que ajudavam a controlar a temperatura, umidade e iluminação das plantas e mudas. Agentes informaram que esta forma de cultivo é considerada nobre, pois faz a separação das substâncias, isolando a folha com maior concentração de THC - substância responsável pelos efeitos da maconha - o que possibilita a venda mais cara do entorpecente.
A mãe do responsável pelo cultivo estava no imóvel no momento da prisão e alegou que o filho cultivava a droga para o tratamento de epilepsia. A família é do Rio de Janeiro e mora em Petrópolis há 5 anos. O material foi apreendido e o acusado levado para a sede da Polícia Federal, no Bairro Quitandinha, em Petrópolis, de onde seguiu para o Rio.
De acordo com a polícia, a operação é o resultado de um ano de investigação. Ainda segundo a PF, a quadrilha é composta por jovens de classe econômica alta e distribuía o entorpecente entre contatos previamente estabelecidos.
- Com as provas colhidas hoje, irei pedir a prisão dos que foram detidos e de outros elementos da quadrilha. Vamos agrupar as novas provas para ter noção de quantas pessoas faziam parte da quadrilha e aferir quanto lucravam com o ato de traficância - afirmou o delegado.
Ao todo foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão. Na capital, as buscas aconteceram em Copacabana, Laranjeiras, Cosme Velho, Lapa e Recreio dos Bandeirantes. Ainda segundo a PF, os presos responderão por tráfico de drogas, cuja pena pode variar de 5 a 15 anos de reclusão e multa.

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