Chamar o povo do Rio de Janeiro de fluminense é uma arbitrariedade
criada pela ditadura militar que nunca encontrou eco na sociedade
carioca.
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Nayara Justina, a Globeleza eleita pelo povo brasileiro em 2014, é carioca. |
O jornalista e professor universitário, Jorge Alexandre Lucas, publicou
artigo em que defende a unidade carioca. Segundo o professor lucas, não
se trata de um conceito de identidades dentro do formato sociológico,
essencialista, mas sim, de se trabalhar com efeitos de identidades
produzidos através de representações simbólicas, efetivadas na
experimentação do mundo, na existência.
A linha de pesquisa que ele utiliza é a Análise de Discurso ou AD
francesa, que busca entender os meios de produção dos sentidos, e como
esses sentidos geram os efeitos de pertencimento que atuam no imaginário
popular.
Dentro dessa perspectiva é que falamos sobre a identidade do povo
carioca e sua sensação de pertencimento, ao mesmo tempo em que
denunciamos a tentativa de apagar essa memória, de silenciar e
substituí-la por outra inventada institucionalmente a partir da fusão
dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro e da não fusão das ex -
capitais.
Fluminense? Não mesmo, de papa-goiaba ao kari´oka, somos todos um.