terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

SOMOS TODOS CARIOCAS


 Chamar o povo do Rio de Janeiro de fluminense é uma arbitrariedade criada pela ditadura militar que nunca encontrou eco na sociedade carioca.
Nayara Justina, a Globeleza  eleita pelo povo brasileiro em 2014, é carioca.
O jornalista e professor universitário, Jorge Alexandre Lucas, publicou artigo em que defende a unidade carioca. Segundo o professor lucas, não se trata de um conceito de identidades dentro do formato sociológico, essencialista, mas sim, de se trabalhar com efeitos de identidades produzidos através de representações simbólicas, efetivadas na experimentação do mundo, na existência. 
A linha de pesquisa que ele utiliza é a Análise de Discurso ou AD francesa, que busca entender os meios de produção dos sentidos, e como esses sentidos geram os efeitos de pertencimento que atuam no imaginário popular. 
Dentro dessa perspectiva é que falamos sobre a identidade do povo carioca e sua sensação de pertencimento, ao mesmo tempo em que denunciamos a tentativa de apagar essa memória, de silenciar e substituí-la por outra inventada institucionalmente a partir da fusão dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro e da não fusão das ex - capitais. 

Fluminense? Não mesmo, de papa-goiaba ao kari´oka, somos todos um.

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