Ao todo, 130 radares do estado do Rio de Janeiro estão desligados por falta de vistoria do Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Rio (Ipem). Os pardais e as lombadas eletrônicas passam por verificação anual e, se isso não ocorrer, não podem multar. No total, o estado tem 1.700 radares, segundo o Ipem, de controle de velocidade e de avanço de sinal.
O órgão alega que, desde janeiro, nenhum carro foi multado por radar sem verificação anual. O motorista que foi multado pode, em tese, conferir no site www.ipem.rj.gov.br se o aparelho foi aferido. Caso haja irregularidade, é possível entrar com recurso no Detran.
O EXTRA, no entanto, não localizou no sistema do Ipem todos os radares da lista oficial disponibilizada pela Secretaria municipal de Transportes no site da prefeitura. O Ipem informou que a distorção entre as relações da CET Rio e do Ipem é causada pela “forma de cadastramento em cada órgão”. Por isso, o presidente do Ipem, Marcus von Seehausen, determinou que, a partir desta terça-feira, “técnicos do instituto adotem as medidas necessárias para unificar as informações da CET Rio e do Ipem”.
O deputado Dionísio Lins (PP), vice-presidente da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa, fez um requerimento ao Ipem para saber onde estão todos os pardais do estado e onde houve verificação. Ele também pede o nome de todas as empresas que administram e instalam o serviço, o valor do contrato e quantas firmas participaram da licitação.
— O Ipem tem dez dias para responder, e esse prazo termina na quinta — disse o deputado Dionísio Lins, que também vai pedir às empresas a relação dos equipamentos com a aferição em dia.
Há ainda casos de radares que aparecem no site com o registro da última aferição em 2011. O Ipem afirmou que esses são aparelhos antigos, substituídos, e que os novos têm aferição no período correto.
Segundo o Ipem, as prefeituras avisam quando mudam um radar de lugar para que o sistema seja atualizado. O instituto afirma que, atualmente, há 41 radares desligados na capital — por causa de obras ou aguardando aferição.
Já a CET-Rio informou que nenhum equipamento que registra infrações de velocidade opera sem estar previamente aferido pelo Ipem. “Na autuação consta o número do equipamento e a data da sua aferição. O cidadão pode, com o número do equipamento, acessar o site do IPEM e comprovar que o mesmo estava aferido no momento do registro da infração”, esclareceu a CET-Rio.
O órgão ressaltou, no entanto, que a aferição do Ipem é obrigatória apenas para os equipamentos metrológicos, ou seja, os equipamentos que multam excesso de velocidade. Equipamentos que multam avanço de sinal e invasão de faixa exclusiva (ex: seletiva da Avenida Brasil e BRS ) não são metrológicos e, portanto, não necessitam de aferição, bastando o registro fotográfico.
Fonte : Extra
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