
A Secretaria de Agricultura de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, iniciou a produção experimental de silagem com pés de abacaxi, que é rico em nutrientes, para alimentar o gado de produtores rurais do município. A medida foi tomada para tentar contornar a alta de pastagens, em consequência da maior estiagem dos últimos 90 anos. Na quarta-feira (1º), sete toneladas do material foram levadas para a localidade de Pitangueiras, onde foi feito o silo de superfície experimental.
Os trabalhos começaram na localidade de São Martinho, com o trabalho da máquina ensiladeira e trator da Patrulha Mecanizada. A ensiladeira de milho e capim foi adaptada, e cortou e triturou os pés de abacaxi (após a colheita dos frutos) diretamente lançado em um caminhão caçamba.
Toda palhada dos pés de abacaxi foi transformada pela máquina numa massa verde fibrosa e úmida, denominada volumoso nutricional (que pode ser dada ao gado in natura) ou transformada em silagem para uso prolongado até por um ano.
O procedimento foi feito na propriedade da família Souza Crespo, na localidade de Pitangueiras, onde foi instalado o primeiro silo de superfície com a silagem de pés de abacaxi.
"O silo de superfície compreende a distribuição de espessa camada do material triturado sobre o solo e cobertura com lona. O trator passa sobre a lona várias vezes para expulsar o ar e as bordas são vedadas para que no ambiente anaeróbico (sem oxigênio), ocorra a fermentação. A partir de um mês, a silagem estará pronta e tem duração de um ano, com alto teor nutritivo, melhor até que a silagem de milho sem espiga, do que sorgo, do que a silagem de cana e de capim", destacou o secretário de Agricultura, Eduardo Crespo, ressaltando que as informações foram dadas pelo técnico especialista em nutrição animal da Agroceres, Fernando Costa.
"O silo de superfície compreende a distribuição de espessa camada do material triturado sobre o solo e cobertura com lona. O trator passa sobre a lona várias vezes para expulsar o ar e as bordas são vedadas para que no ambiente anaeróbico (sem oxigênio), ocorra a fermentação. A partir de um mês, a silagem estará pronta e tem duração de um ano, com alto teor nutritivo, melhor até que a silagem de milho sem espiga, do que sorgo, do que a silagem de cana e de capim", destacou o secretário de Agricultura, Eduardo Crespo, ressaltando que as informações foram dadas pelo técnico especialista em nutrição animal da Agroceres, Fernando Costa.
Para fazer a silagem experimental de abacaxi, dois produtores rurais doaram, respectivamente, 150 mil pés de abacaxi de uma propriedade na localidade de São Martinho, e outros 80 mil pés, na localidade do Caboio.
"Como depois da colheita a gente arranca os pés e joga fora, para trocar a cultura, ou corta na terra com a grade para servir de adubo, decidi doar os 80 mil pés. Em troca vou ficar com um pouco para minhas vacas porque está todo mundo sem pasto por causa dessa seca", declarou o produtor rural Adeilson Pessanha, dono de 45 cabeças de gado.
Segundo Eduardo, a silagem de abacaxi tem de 5% a 6,5% de proteína e a de milho (pés inteiro da planta) tem proteína de 7% a 9,5%.
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