domingo, 25 de janeiro de 2015

Pezão desiste de criar coordenação para monitorar projetos estratégicos do estado.




RIO - O governador Luiz Fernando Pezão disse ontem que não deverá mais criar uma coordenadoria de infraestrutura e integração para monitorar projetos considerados estratégicos pelo governo. O órgão seria comandando pelo ex-secretário estadual de Obras, Hudson Braga, amigo de Pezão, que desistiu de continuar no governo, como antecipou ontem Ancelmo Gois. Afastado desde meados do ano passado do governo do estado para coordenar a campanha de Pezão, Hudson Braga sequer chegou a tomar posse no novo cargo, porque a coordenadoria ainda estava sendo estruturada.
Hudson alegou pressão da família para deixar o governo e se dedicar a projetos pessoais. Entre os colegas, o ex-secretário é definindo como alguém de personalidade forte, que chegava a discutir asperamente com colaboradores durante a execução de projetos. Sem citar nomes, Hudson confirmou ontem que teve alguns “enfrentamentos” com o Ministério Público e com alguns colegas para tocar os projetos.
— Estava no governo há 12 anos. Tenho projetos pessoais, como trabalhar com energia eólica. Mas, inicialmente, vou descansar — disse Hudson.
PAES DIZ QUE FARÁ CORTES
Aparentemente, a saída do Palácio Guanabara não abalou a amizade com Pezão. Ontem à tarde, o governador e Hudson Braga estavam juntos num bar da Zona Sul, acompanhados do técnico Joel Santana.
— Hudson disse que estava sendo pressionado para dedicar mais tempo à família. Ele ocuparia a coordenação em que eu trabalhei antes de ser candidato a governador. Como ele não aceitou, a tendência será que os projetos sejam tocados nas secretarias — disse o governador Pezão.
Já o prefeito Eduardo Paes promoveu uma reunião com sua equipe em um hotel na orla da Barra da Tijuca. O objetivo foi fazer um balanço dos projetos existentes e o cenário econômico nacional para este ano. Ele admitiu que deverá fazer cortes no orçamento:
— Em 2014, já tivemos queda de receita. No repasse do ICMS foram R$ 250 milhões a menos. A receita do ITBI (Imposto de Transmissão de Bens e Imóveis) também caiu por causa da redução das transações do mercado imobiliário. Ainda não fechamos a conta sobre o valor a ser contingenciado. Mas certamente manteremos investimentos previstos — disse Eduardo Paes.



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